“Na quarta vigília da noite, chegou Jesus andando por sobre o mar…E subiu para o barco e o vento cessou” – Marcos 6:45-51
O texto acima é um spoiler. Conta o final da história. Final feliz de uma história que não começa feliz.
Pedro e seus companheiros estão em grande aperto. Correm o risco de perder a vida. O pequeno barco em que estão é açoitado violentamente por uma daquelas tempestades traiçoeiras muito comuns no mar da Galileia. Estão encurralados. Não podem voltar para o porto. Nem tocar o barco para a outra margem. Estão exatamente no meio do mar. É o fim.
A vida nos surpreende com dilemas semelhantes. E nos percebemos no meio de uma tempestade existencial. O tempo e o espaço congelam. Voltar “para trás”, não dá mais. Tentamos seguir em frente, mas a marcha não engatou. Os pneus derrapam. Você trabalha mais… faz full time, overtime e more time. Sobram dias no mês e falta dinheiro no bolso.
Parece que nada funciona. Oração se torna um gemido do coração apertado no peito. Estressados, a insônia se instala. Nos tornamos hiper sensíveis. Surgem os conflitos relacionais no trabalho. Em casa, falta paciência com os filhos, falta diálogo com o cônjuge. Na vida, falta tolerância com todos.
Parecemos viver na realidade o filme Tempestade Perfeita (1991). Quando o barco pesqueiro FW Andrea Gail e sua tripulação de Gloucester (MA) foram engolidos pelo mar devido ao monstro meteorológico chamado “Tempestade Perfeita”. Fenômeno produzido por variáveis climáticas opostas que se unem perfeitamente e dão à luz catástrofes fatais. Mas, neste exato momento, no centro de uma Perfect Storm quando tudo parece perdido. Quando o abismo escancara a bocarra para engolir o barquinho, Alguém, lá vem andando sobre o mar. O Senhor chega. No breu da noite, o Divino Ajudador emerge da escuridão. Às três da madrugada! Lá vem Ele andando sobre as águas, antes tormentosas.
Alguém diria: Antes tarde do que nunca! Amigo, Jesus nunca chega tarde. Jesus nunca se adianta. Ele é quem faz o cronograma da nossa vida. Ele chega sempre a tempo. Quando a dor parece doer mais, quando carecemos mais. Ele chega na aflição. Na angústia. Ele chega, andando por sobre as águas. Dissipando o mal. Esmagando sob Seus pés a cabeça da serpente peçonhenta. Ele derrotou o maligno. Ele cura enfermidades. Ele chega trazendo ajuda, a vaga do emprego, o salário digno. Ele chega no abraço solidário do amigo. Ele chega na libertação do vício debilitante. Ele chega pela resposta à oração. Ele perdoa nossos pecados. Ele chega operando maravilhas. O toque suave de suas Mãos curam as enfermidades mais insidiosas. Ele chega e nos traz alívio à alma.
Como Pedro em outra ocasião, gritamos: “É o Senhor!” (João 21:7). Quando Ele chega, o ambiente se acalma. A tormenta se desmancha. Superamos o insuperável.
Viramos a página. A incerteza pertence agora ao passado. Aliviados, agora sorrimos e nos abraçamos. Celebramos. Agradecemos!
“Ainda que as águas tumultuem e espumejem… Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus…O Senhor está conosco. O Deus de Jacó é o nosso Refúgio” – Salmo 46.
Creia em milagres! Espere milagres! Receba milagres!
Pr. Claudio Lopes